E aí leitores, como havia dito a vocês, até o final desse mês estarei postando uma resenha por dia, feita durante esses quase 2 anos de blog, e hoje é a vez de uma resenha feita pela Bia Pereira, antiga colunista aqui do blog
Olá leitores! Tudo bem? Hoje estou aqui pra falar um pouquinho de um livro que está fazendo muito sucesso, já ouvi muitos elogios e criticas contra ele. Por isso, resolvi comprar pra ter minha própria opinião. Só uma coisa: Não recomendo essa resenha caso você tenha algum tipo de preconceito contra pessoas homossexuais. Recado dado. Vamos lá?
Sinopse: Em uma noite fria, numa improvável esquina de Chicago, Will Grayson encontra... Will Grayson. Os dois adolescentes dividem o mesmo nome. E, aparentemente, apenas isso os une. Mas mesmo circulando em ambientes completamente diferentes, os dois estão prestes a embarcar em um aventura de épicas proporções. O mais fabuloso musical a jamais ser apresentado nos palcos politicamente corretos do ensino médio.
Will e Will é um livro narrado em primeira pessoa pelos dois Will Grayson, sendo alternado um capitulo para cada um, onde cada um fala sobre o seu dia-a-dia.
A principio, o primeiro Will Grayson faz um resumo de sua vida pacata e de seus poucos amigos, que na verdade se resume ao total de um amigo, Tiny Cooper, que faz pouco tempo assumiu ser gay, depois Jane também entra na história. Eu amei o personagem. Ele é um garoto comum, que enfrenta a vida da maneira que acha melhor e pronto. Sem esperar demais e sem cobrar demais. Will leva a sério suas duas regras na sua vida, onde 1- não se importe com nada e 2- mantenha a boca fechada. Ele acredita que seguindo essas duas regras pode evitar muitos problemas e um deles é ter que lidar com a decepção do coração partido, a qual não sofreu (por enquanto) e não quer sofrer.
Em uma via totalmente diferente segue o outro Will Grayson, um garoto gay não assumido que sofre muito, com sua depressão, o abandono do pai e a inercia da mãe. Will é um garoto indiferente a tudo e a todos, acostumado a se isolar e esperar pelo momento certo de morrer ou matar a todos. Não gostei muito do personagem, essa coisa de "ai, ninguém entende como eu sofro"... ah, para que tá feio! Não tenho paciência, de verdade.
Na companhia de Maura, Will pode praguejar o mundo, e contar quantas pessoas está sentindo vontade de matar no dia, mas é apenas isso, ele não tem nenhum sentimento de amizade verdadeiro por ela. Mas ela nutri por ele não só amizade, digamos que chegue a ser um certo amor, que a levará a magoa-lo de modo que até eu fiquei arrasada, sério! Will só é uma pessoa diferente quando está conversando com Isaac, seu amigo virtual pelo qual ele se vê apaixonado e correspondido. Isaac é seguro e de certa forma é uma luz no fim do túnel para Will, mas ele é apenas um amigo virtual, e Will precisa que ele seja real, que ele esteja a seu lado, o que não quer dizer que realmente será algo bom para ele. E é a partir de um encontro marcado por ambos que Will conhece o outro Will e a história começa de verdade.
Não posso deixar de falar de Tiny Cooper, o garoto corpulento, atleta do time da escola e gay, um menino fabuloso, que sempre faz tudo para que todos a sua volta estejam felizes. Tiny, é a vida do livro, é o riso e o colorido, é o drama e a força. Tiny é Tiny e ele é fabuloso. Aliás, ainda estou sem entender porque o livro não se chama “Will, Will e Tiny”, sério!
A história toda acontece em torno destes três personagens, é ritmada e envolvida no musical de Tiny que é um dos momentos mais aguardados do livro.
Bom, o que mais me chamou a atenção nesse livro foi o fato de ter sido escrito por dois autores: John Green e David Levithan, nunca li nenhum livro do último, mas sou fã de carteirinha do primeiro. E tenho quase certeza que John escreveu a parte do Will hetero.
Achei o começo meio chatinho e parado sabe? Acho que a história ganhou vida a partir do momento em que os dois Will’s se encontraram. E me surpreendi pelo fato do livro não girar principalmente em torno da homossexualidade, e sim da amizade verdadeira. O livro tem de tudo: romance, drama, comédia… eu perdi a conta de quantas vezes bateram na minha porta pra saber qual era a piada, de tão alto que eu ria Hahaha!
O livro acaba passando a mensagem de que amor é amor. Não importa se é entre pessoas do mesmo sexo ou sexos diferentes, todos temos direito de amar, seja namorado(a) ou amigo(a). Todas as formas de amor são válidas!
Sempre ouvi falar muito desse livro, mas acredita que eu não fazia ideia do que se tratava? A temática homossexual em livros tem crescido bastante nos ultimos tempos, e isso é bem legal. Ainda não li nenhum, mas adoraria conhecer esse, principalmente por causa dessa resenha tão boa e explicativa.
ResponderExcluirUm abraço!
http://paragrafosetravessoes.blogspot.com.br/
Nossa, terminei de ler Me abrace mais forte um dia desses e estava meio que boiando por mal lembrar algumas partes desse livro aqui. Valeu pela resenha xD
ResponderExcluirE ah, é bom demais. O Tiny é a estrela do livro. Não tem como negar. Mas os garotos são bem interessante também. O Will depressivo foi um personagem que gostei, por todas as coisas estranhas, a tristeza e tal. Tenho uma queda por esse tipo de personagem, vai entender...então achei ele bem bom. O outro Will me marcou mais pelo amigo que por ele. Ele tem o amigo gay que toda pessoa devia ter! Há =P
E é interessante ficar tentando desvendar que autor escreveu o que. Já tinha lido coisas de cada um então ficou até fácil saber o que tinham feito, mas é bacana porque quase não tem muita diferença. Esses dois autores juntos ficaram bem legais de acompanhar.
E de mensagem eles sabem passar um sentimento bonito mesmo, é muito bom.
Oi Lucas, adorei seu recado logo no início da resenha: não recomendo essa resenha para quem tem preconceito, pois bem, adoro quando as pessoas falam sobre as diferenças, sobre o que não aceitam e deixam as máscaras cairem. Participo de um grupo de leitura onde tem muitas pessoas com preconceito não literário, mas pela temática mesmo, dizendo que as editoras não deviam lhe mandar esses livros! Acho isso um absurdo, e por essas pessoas que o mundo ainda é tão intolerante. Ainda não li, mas está em minha lista!
ResponderExcluirOi.
ResponderExcluirEu gostei bastante da premissa do livro, más nenhum dos Will me conquistou não, o segundo com a essa coisa toda de não me toque como você eu também não tenho saco para isso não, mas apesar de tudo acho que irei ler sim, vai que eu goste.
Boa Tarde.
Lucas!
ResponderExcluirA maioria dos livros do autor abordam o tema e acho importante porque acaba com o esteriótipo e abre caminho contra o preconceito.
Estou com vocÊ: toda forma de amor vale a pena, desde que traga felicidade.
“Demore na dúvida...E descubra a sabedoria que insiste em se esconder na ausência de palavras.”(Padre Fábio de Melo)
cheirinhos
Rudy
http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
TOP Comentarista de SETEMBRO com 3 livros + BRINDES e 3 ganhadores, participem!
Já li várias resenhas desse livro, a maioria elogiando. Quero muito ler algum livro de David Levithan, principalmente Um Dia. Já sobre os livros de John Green, li apenas A Culpa é das Estrelas e não gostei muito. Nossa, leria para conhecer a história do primeiro Will, mas a do segundo não. Mas ainda vou ler esse livro, acho que vou gostar bastante.
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